domingo, 23 de agosto de 2015

DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA NO ENEM: CONCEITOS BÁSICOS



Fala, galera!
 Hoje, vamos começar a entender melhor como construir um texto dissertativo argumentativo.
Iniciaremos pela estrutura desse tipo de texto.
A ESTRUTURA TEXTUAL – noções básicas
A tipologia cobrada no ENEM é a dissertação argumentativa. Esse tipo de texto divide-se, basicamente, em três partes: introdução, desenvolvimento conclusão. Ao longo de nossas próximas aulas, iremos estudar mais profundamente cada uma delas.
Por enquanto, analisemos o resumo a seguir:
·         INTRODUÇÃO: corresponde ao primeiro parágrafo do seu texto. Nela, apresentamos o tema,contextualizando o leitor, e formulamos a chamada tese, que se trata de uma ideia central sobre o assunto, uma opinião formada sobre o tema.
·         DESENVOLVIMENTO: cada parágrafo dessa parte corresponde a um argumento. É nesse segmento do texto que se desenvolvem as ideias que sustentarão a tese inicial.
·         CONCLUSÃO: parte final do texto. Nesse último parágrafo, retomamos a tese e finalizamos o raciocínio. É comum a formulação de propostas e de sugestões relacionadas ao tema desenvolvido.

Não tenham medo de escrever. Pratiquem, testem, explorem suas ideias. O momento de lapidar o conhecimento é agora. Assim, vocês se sentirão muito mais seguros na hora em que o jogo estiver valendo.
A redação não é um bicho de sete cabeças e juntos vamos perceber isso!


AS INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS
Fala, galerinha!
Hoje, vamos falar sobre a importância das informações implícitas para a interpretação de texto. Inicialmente, precisamos entender que, na elaboração de uma mensagem, nem sempre aquilo que procuramos dizer está explícito, ou seja, nem sempre é dito de forma direta ou objetiva.
Muitas vezes, para percebermos o que está implícito em um enunciado, precisamos lidar comconhecimento de mundo (cultura geral), com deslocamento contextual ou, até mesmo, com alguns indicadores linguísticos.
Observem a piada a seguir:
“Um louco pergunta para um outro:
- Você tem horas?
- Tenho.
O outro:
- Obrigado”.
Reparem que o enunciado “Você tem horas?” parte do princípio de que quem faz o questionamento deseja saber que horas são efetivamente, apesar de essa afirmação não estar explícita na pergunta. Como já estudamos, há uma quebra de expectativa do leitor (humor) entre as perguntas e suas respectivas respostas.
Vejam esse outro exemplo:

Na charge acima, há uma crítica em relação à falta de memória e de compromisso do cidadão em relação ao voto. Além disso, no segundo quadrinho, fica subentendido, ou seja, implícito que o político fez algo de errado em seu governo, porém não sofre retalhações por isso. Percebam que oconhecimento de mundo ajuda bastante na interpretação, além, claro, de uma observação doselementos linguísticos envolvidos (jogo de palavras e desenho).

Conceitos importantes:
·         POSTO E PRESSUPOSTO
Vejam a frase a seguir:
 O tempo continua nublado.
Podemos dizer que o posto é exatamente a informação explícita, que afirma que o tempo está, no momento da fala, nublado. O verbo “continuar”, entretanto, passa uma informação implícita de antes o tempo já estava nublado. A essa informação que passa a ser percebida pelo leitor, a partir do posto, damos o nome de pressuposto.
·         IMPLÍCITO OU SUBENTENDIDO
Vejam a charge a seguir:

subentendido do texto acima está no fato de o referido prefeito ter sido tão ausente em seu governo anterior que parecia ser sua primeira candidatura. A crítica está na sua péssima atuação como prefeito; é como se ele não tivesse feito nada representativo e importante para a cidade.
SE LIGA!
Muitas vezes, para que o subentendido seja compreendido pelo ouvinte ou pelo leitor, é preciso saber analisar as palavras fora de seu significado literal. O contexto é fundamental para isso. Perceba a situação descrita abaixo:
Um jovem com um cigarro na mão dirige-se a outro e pergunta:
- Você tem fogo?
Notem que a pergunta feita subentende que o jovem está pedindo ao outro um isqueiro ou coisa parecida para acender o cigarro. Na realidade, está implícito o pedido: “Por favor, você poderia acender o meu cigarro?”
·         INFERÊNCIA
Inferir é o mesmo que se chegar a conclusões a partir de fatos conhecidos posteriormente. Veja a imagem a seguir, divulgada no site http://kibeloco.com.br/ num período em que a proliferação do mosquito causador da dengue (o Aedes aegypti) assutava os cidadãos cariocas:

Reparem que, para demonstrar o pavor das pessoas diante da dengue (representada na imagem pelo mosquito), criou-se um diálogo com o famoso quadro expressionista “O Grito” de Edvard Munch. Parainferir isso, é preciso um conhecimento prévio da obra.


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