EUA se comprometem a
receber mais refugiados sírios
Após Alemanha, França e Grã-Bretanha anunciarem
medidas e números de refugiados que irão abrigar, aumentou a pressão para que
os EUA também tomem medidas contra a crise
09/09/2015
às 15:10 - Atualizado em 09/09/2015 às 15:18
Mulher
caminha com uma criança nos braços enquanto uma multidão de refugiados tenta
embarcar em um trem indo para a Sérvia, na fronteira entre a Grécia e a
Macedônia perto da cidade de Gevgelija - 05/09/2015(Robert Atanosovski/AFP)
O
secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou nesta quarta-feira
que seu país está decidido a receber mais refugiados sírios para responder à
crise migratória que a Europa enfrenta, mas não deu números. Kerry fez sua
declaração após se reunir com vários legisladores no Congresso para discutir a
crise migratória na Europa, amplificada pelas centenas de milhares de
refugiados que fogem dos conflitos nos países do Oriente Médio, particularmente
na Síria.
Segundo o
secretário de Estado, "no momento apropriado" os Estados Unidos terão
uma ideia exata de quantos refugiados adicionais poderão receber. Os
compromissos específicos anunciados nos últimos dias por países como Alemanha,
França e Grã-Bretanha aumentaram a pressão para que os Estados Unidos se
envolvam na crise dos refugiados e ofereçam medidas concretas de apoio. Desde
que começou a guerra na Síria, há mais de quatro anos, os EUA receberam apenas
1.500 refugiados, a maioria nos últimos meses.
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O
compromisso expressado até agora pelo governo americano era o de aceitar entre
5.000 e 8.000 no ano que vem. A Casa Branca comunicou que o governo do
presidente Barack Obama está considerando "ativamente" uma série de
opções para responder à crise migratória, que incluem o assentamento de
refugiados. "A situação está piorando", admitiu ontem o porta-voz da
Casa Branca, Josh Earnest.
Os
Estados Unidos são o maior doador de ajuda à Síria e, desde o começo do
conflito, deram mais de 4 bilhões de dólares (14 bilhões de reais) em
assistência humanitária. Dessa ajuda, cerca de 1,9 bilhão (6,6 bilhões) foram
"diretamente" para apoiar refugiados sírios nos países vizinhos.
Pré-candidatos - Hillary Clinton, pré-candidata
democrata à Presidência também falou da crise de refugiados durante um discurso
no Instituto Brookings, e pediu a convocação de uma reunião global "de
emergência" em que a ONU possa tentar obter compromissos concretos de
ajuda de cada país. Todos os países, incluído os EUA, "têm que estar mais
abertos e dispostos a receber refugiados", afirmou a ex-secretária de
Estado.
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Já o
magnata e pré-candidato republicano Donald Trump, que recentemente propôs
expulsar os imigrantes ilegais dos EUA e subir um muro na fronteira com o
México, comentou em uma entrevista à Fox que os sírios estão "vivendo em
um inferno e algo tem que ser feito", ao afirmar que os Estados Unidos
deveriam receber alguns refugiados, mas sem dar números.
(Da
redação)
Qual a diferença entre imigrante e refugiado?
1 de 5(Foto:
Afolabi Sotunde/Reuters)
Quem são os refugiados?
De forma resumida, refugiados são pessoas que
deixam seus países para escapar da guerra e da perseguição, e podem provar isso
de alguma forma. A Convenção de Refugiados de 1951, realizada após a II Guerra
Mundial, define refugiado como uma pessoa que por medo de ser “perseguida por
motivos raciais, religiosos, de nacionalidade ou por fazer parte um grupo
social ou ter determinada opinião política não está disposto a se colocar sobre
a proteção daquele país”.
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